fbpx

CEO da Raster fala em futuro promissor para 2021

Há 15 anos em uma das principais empresas de logística e gerenciamento de riscos na América Latina, o CEO da RasterAndrei Téo, prefere olhar o que está por vir com entusiasmo e acreditar em novas oportunidades. No comando de uma equipe com 300 colaboradores presentes em cinco unidades, Concórdia, São Paulo, Curitiba, Itajaí e Porto Alegre, ele projeta crescimento para 2021. 

 

Andrei Téo é Analista de Sistema, com especialização em Segurança da Informação e Gestão de Tecnologia da Informação. Com muita experiência na área de logística e transporte rodoviário de cargas, o jovem empresário defende que as pessoas sempre serão o diferencial, mesmo com o avanço tecnológico. Confira a entrevista com ele: 

CEO-da-Raster-1

1. A pandemia do coronavírus mudou muito a forma das pessoas consumirem e o setor de transporte de cargas ganhou ainda mais importância. Como a logística absorveu esta demanda e como se prepara para o futuro?

Andrei: A Raster tem registrado um crescimento acentuado todos os anos, mas em 2020 foi maior ainda. Entendemos que a cadeia logística foi alterada principalmente porque o público passou a consumir mais de forma on-line. Muitas pessoas que antes não tinham coragem de fazer uma compra pela internet foram obrigadas a isso com a pandemia. Antes as compras pela internet eram de itens menos urgentes, agora as pessoas estão comprando comida e medicamentos, e precisam que os produtos cheguem logo. 

Acreditamos que esse processo acelerou muito o que iria ocorrer com a logística. Tanto que vimos grande players, a exemplo do Mercado Livre e da Fedex, acelerando muito. Com os clientes da Raster não foi diferente. Começamos com várias operações de e-commerce e um caso, em especial, está crescendo de forma monstruosa.  

Tudo isso aumenta ainda mais os desafios de segurança. As empresas são tendenciadas pelo cliente, que quer a encomenda na mão dele o mais rápido possível. Em alguns casos isso pode significar rodar à noite ou exceder a velocidade, e quando vai para esse cenário prejudica as pessoas e o mercado.  

O que precisamos que aconteça é a aceleração dos processos logísticos e não da velocidade na estrada. O caminhão ficar parado em uma planta ou armazém esperando quatro ou cinco horas são exemplos de processos que precisamos mudar. Resumidamente, o que se observa muito forte na prática é que as tendências estão rapidamente se tornando realidade.  

 

 2. Em 2020 as principais tendências do mercado de logística indicavam um aumento no uso de tecnologias, isso ocorreu na prática?

Andrei: Vi uma live do Mercado Livre, com profissionais de toda a América Latina, e chamou muito a minha atenção a fala de um dos mediadoresque disse que os números que eles esperavam para cinco anos foram atingidos em quatro meses. Da mesma forma que a tecnologia está inserida no comportamento de quem compra, ela também está na rotina de quem precisa entregar.  

Com a pandemia as questões tecnológicas também ficaram mais gritantes por parte das empresas que precisam comprovar a entrega do produto, por exemplo. Aplicativos e outros meios eletrônicos já são uma realidade. O que percebo é que os transportadores anteciparam a busca por tecnologias.  

 

 3. Qual é o papel que a tecnologia ocupa quando se fala em inovação em logística?

AndreiMuitas pessoas pensam que inovar é criar um produto novo, mas nem sempre é isso. Nós, na Raster, passamos a olhar para coisas simples, que já estavam em nossas mãos, e adaptamos para executar melhor um processo. Percebemos que em nossos clientes foi exatamente isso que aconteceu. Não se trata apenas de fazer algo novo, mas de fazer algo que já existe de uma maneira mais eficiente. A pressão por crescimento e a necessidade fizeram com que as pessoas olhassem para o que já tinham em mãos e agissem.  

Na Raster implantamos uma nova central de atendimento e integramos nosso sistema ao WhatsApp. Foram caminhos mais eficientes para acelerar alguns processos que antes eram executados manualmente. Tudo isso já existia, apenas foi acelerado.  

 

CEO-da-Raster-2

 

4. No setor de logística ainda há resistência ao avanço tecnológico? Os clientes falam em falta de segurança?

Andrei: Na prática essa é uma preocupação que sempre existiu. Pessoas diziam que não usavam aplicativos porque temiam fraudes. É natural que exista o medo pelo desconhecido. Em nossa cadeia observamos dois pontos principais. Quando se insere tecnologia, algumas pessoas sentem os empregos ameaçados. Pensam que a máquina vai fazer melhor ou que onde se usava três caminhões, por exemplo, ficará apenas dois. Elas não enxergam que há muitas operações carentes no mercado e que o veículo será usado em outra finalidade. A logística, como um todo, tem demandado muita mão de obra. 

Na Raster procuramos manter um sistema que envolva tecnologia, mas mantenha a inteligência da pessoa. Se não fizermos isso, o processo não anda. Ele fica engessado e nem sempre apresenta bons resultados. Não queremos apenas executar o processo de forma eletrônica, queremos levar inteligência para o meio eletrônico.  

 

 5. Qual é a importância de pensar em operações logísticas mais ágeis e reduzir custos? Ainda é possível se diferenciar em um mercado tão competitivo?

Andrei: A busca constante pela redução de custos existe em todo o lugar. Na nossa vida mesmo buscamos a redução de gastos. Para exemplificar, se você tem um perfume que tradicionalmente usou, mas encontra outro por um preço menor, há uma tendência de mudar. Porém, nós não buscamos apenas o valor, a entrega também é importante. Mantendo a analogia com o perfume, você não vai trocar de produto se estiver mais barato, mas não durar o mesmo tempo na pele. Ele também terá que durar mais. Esse é o desafio: Como fazer melhor que o produto tradicional, que já está no mercado? Isso também ocorre com os serviços.  

Na visão da Raster o diferencial do mercado é o atendimento, com a disponibilidade de estar próximo do cliente e não apenas de oferecer tecnologia. Recursos tecnológicos muitas empresas têm e atendimento também, mas não do nosso jeito.  

A busca por velocidade é outro ponto que todo mundo deseja. Atualmente, se gasta poucos segundos para aquecer uma comida no micro-ondas que antigamente se levavam horas para preparar. Também é um cenário similar, mas existem algumas barreiras que precisamos cuidar, uma delas são os riscos encontrados na estrada na tentativa de reduzir o tempo da viagem.  

 

 6. Quais são as tendências para o setor?

Andrei: Vimos uma tendência de desburocratização no Brasil, que é favorável ao setor. Existem questões que estão mais concretas, como a cabotagem ficar mais forte no país, e outros tipos de operações que até então não se enxergava muito bem.  

A possível privatização dos Correios deve acelerar muito o nosso setor. É praticamente um passo de abertura de mercado, tanto para as empresas de logística quanto ao transporte rodoviário de cargas. O que se projeta é um cenário de crescimento e estamos otimistas. A Raster tem um time excelente e, mesmo em ano de pandemia, conseguimos crescer de 20% a 30%.  

 

 7. Como a Raster se insere neste novo momento? 

Andrei: Nós sempre estamos buscando novos caminhos. Vimos grandes oportunidades na cadeia do agro e em algumas regiões do Brasil que ainda são carentes em nossos serviços. Estamos atentos às regiões diferentes e com grande potencial.  

Também pretendemos atuar mais forte no rumo da tecnologia. Vamos entrar com outras ferramentas para atender o mercado de forma mais ampla, com soluções que não sejam somente para transporte. Essas são as nossas tendências. Teremos muitas novidades em 2021. 

 

Aliado à oportunidade de mercado e ao novo momento da Raster, todo o time Raster acredita em um ano desafiador. O transporte rodoviário de cargas exige pessoas prontas e atentas para lidar com as inovações tecnológicas, mas sem esquecer a essência do ser humano. A Raster está preparada para transformar a sua experiência em segurança logística, porque nosso desafio é mover o mundo.